Quem atua diretamente com logística tem que lidar com inúmeros desafios, que vão desde a redução dos custos operacionais do transporte de cargas até a satisfação do cliente. Para isso, é preciso considerar diversos outros fatores, como: agilidade na entrega, segurança da carga, cotação online e até o acompanhamento das etapas do transporte.
Neste post, vamos explicar como são calculados os custos operacionais de transporte de carga. Fique conosco!
Os custos do transporte de carga
Os custos operacionais do transporte de cargas são muito onerosos para os negócios. Por isso, é essencial que sejam controlados minuciosamente por meio de indicadores mais detalhados. Além disso, eles devem retratar o retorno desse investimento no que diz respeito a valores financeiros e à produtividade.
Para poder realizar um gerenciamento inteligente do seu processo logístico é primordial conhecer e entender como é feita a composição dos custos do transporte de carga. Pensando nisso, separamos para você os principais pontos a serem observados para fazer uma gestão eficaz. Confira!
Custos fixos e variáveis
Para calcular o gasto operacional do transporte de carga é preciso classificar os gastos como variáveis e fixos. Combustível, lubrificantes, pneus, peças e demais valores para a manutenção do caminhão são classificados como gastos variáveis. Já os custos fixos são: o salário do motorista, a depreciação do caminhão, o seguro obrigatório do veículo e demais impostos, como emplacamento e IPVA.
Gasto unitário
Como cada caminhão tem uma característica própria, isso significa que a despesa variável é diferente para cada veículo. Portanto, o cálculo deve ser unitário para cada carreta, truck ou qualquer outro modelo. Também é preciso sempre levar em conta o consumo do veículo por quilômetro rodado, seu ano de fabricação, garantia do fabricante etc. São custos que interferem no transporte de carga e nem sempre são calculados de forma unitária.
Coleta e entrega
Depois de estimar os custos fixos, variáveis e o gasto unitário de cada veículo, o passo seguinte é calcular o preço efetivo para o transporte de carga. Esse cômputo é feito costumeiramente, pois consiste em definir as despesas desde a coleta da mercadoria até a sua entrega.
Para não deixar nenhum gasto operacional fora da conta é preciso somar a hora do custo fixo com a hora do custo variável, de acordo com o veículo escolhido, e multiplicar pelo número de quilômetros rodados. Lembre-se de inserir esse indicador na rotina produtiva da sua gestão.
Características do produto e peso
Além da distância a ser percorrida, existem outros aspectos que também influenciam o transporte de cargas. É fundamental avaliar essas duas características antes de definir o veículo que fará o transporte, pois cargas perecíveis requerem caminhões adaptados. Quanto maiores forem as exigências para o deslocamento da carga, mais caro tende a ser o preço do serviço.
Rotas perigosas
O transporte de cargas para rotas com menor demanda é outro fator que deve ser considerado na composição de custos. Além de encarecer o preço do frete, é um aspecto que interfere na preservação do meio ambiente e manutenção das estradas. Como é possível perceber, o transporte de cargas envolve mais custos, por isso a importância de buscar alternativas que sejam eficientes e, ao mesmo tempo, que gerem economia.
Aprenda a reduzir os custos logísticos
A transformação digital tem sido uma grande aliada para potencialização do desempenho de qualquer negócio. O uso da tecnologia pode simplificar a conexão entre embarcadores e transportadores. O cruzamento das informações de quem necessita de frete e quem oferece esse serviço permite prever carga de retorno, minimizar as rotas ociosas, aumentar o aproveitamento dos espaços e, com isso, reduzir o custo do transporte de carga.
A tecnologia ainda possibilita que o embarcador acompanhe o posicionamento de carga, etapas de transporte e até dados do caminhoneiro. Assim, os pequenos empreendedores e as transportadoras conseguem otimizar a sua produtividade, melhorando o desempenho do negócio com um gerenciamento eficiente por meio de dados mais precisos.
Otimização da roteirização e do veículo
Acima falamos que um dos grandes desafios de quem trabalha com o transporte de cargas é garantir que sempre tenha conteúdo de retorno, ou seja, que o veículo não circule com o baú vazio. Assim, otimizar a rota é uma forma de melhorar a produtividade do veículo e impactar positivamente a performance da sua operação logística.
Parece simples fazer isso, mas para que a sua frota tenha o máximo de aproveitamento é necessário contar com o apoio de inovações tecnológicas e manter um time bem treinado. Além disso, é muito interessante fazer o mapeamento da jornada do cliente, pois, assim, você pode identificar gaps no seu processo logístico e fazer com que ele atenda às expectativas do seu público.
Investimento em tecnologia
É impossível falar em redução de custos e otimização do desempenho do negócio se não forem feitos investimentos em tecnologia aplicada ao gerenciamento de frotas. Você pode contar com sistemas que realizam o monitoramento dos veículos, como os rastreadores e a telemetria.
Essas ferramentas oferecem informações essenciais para fazer uma gestão inteligente da sua frota. Com elas, é possível reduzir custos causados por sinistros, melhorar a autonomia do uso de combustível — um dos custos variáveis que mais impactam o processo logístico — e otimizar a vida útil das unidades da frota por meio de dados sobre o estado das peças dos veículos.
Além disso, se pode fazer mapeamento do perfil de condução dos motoristas: os dados obtidos são essenciais para criar uma política de frotas e desenvolver um ranking de boa conduta na direção. A forma como os veículos são conduzidos é responsável por aumentar ou diminuir os gastos com combustível, manutenção e multas, por exemplo.
Manutenção
As manutenções não planejadas da frota são muito mais onerosas ao negócio do que as preventivas. Infelizmente, ainda é muito comum que profissionais negligenciem a manutenção dos veículos, geralmente, por uma falta de planejamento financeiro. Por isso, é essencial sempre ter um orçamento preestipulado para a manutenção da frota.
O prejuízo gerado com manutenções não planejadas vai além do custo mais alto se comparado à manutenção preventiva: carro parado é sinônimo de improdutividade, ou seja, o ativo da empresa deixa de trazer retorno para o negócio. Sendo assim, a capacidade produtiva da frota é impactada negativamente e esse é mais um dos motivos para ter um calendário de manutenção e um orçamento prévio.
Além de ser uma boa prática para a redução de custos, a manutenção preventiva é a melhor forma para garantir a segurança dos veículos, bem como dos seus condutores. De acordo com um relatório divulgado pela ONU (Organização das Nações Unidas), os acidentes de trânsito matam por dia o equivalente a 7 quedas de avião, ou seja, aproximadamente 4 mil pessoas. Empresas e profissionais sérios colocam a segurança veicular sempre em primeiro lugar.
Estabelecimento de parcerias estratégicas
Um dos pontos mais importantes para o sucesso de qualquer negócio é, além de ter visão de cliente e cuidar da sua experiência, firmar parcerias estratégicas. A verdade é que nenhuma empresa funciona por si só: existe uma cadeia que garante o seu desenvolvimento. A forma como os gestores direcionam essa cadeia determina se a marca está no caminho de um crescimento sustentável.
Outra maneira de reduzir os custos operacionais do transporte de cargas é buscar a consolidação de parcerias para potencializar a utilização da frota, como é o caso de um marketplace, conectando embarcadores e caminhoneiros. Além disso, é possível contar com um clube de benefícios.